terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O que é adoração? (parte 3/3)

EM ESPÍRITO E EM VERDADE - Como seremos verdadeiros adoradores?

Creio que agora ficou fácil tão quanto somar um mais um. É impossível adorar a Deus “em espírito” (manifestando a Ele nosso amor) se nós não o adoramos “em verdade” (manifestando ao próximo o amor dEle). Mas o contrário também é verdadeiro. Não podemos adorar a Deus “em verdade” (amparando aos necessitados), se não o estivermos adorando “em espírito” (sendo amparados por Ele).

Quando fomos alcançados pela misericórdia de Deus nós ganhamos um par asas como de águia. Uma asa chama-se “em espírito” e a outra chama-se “em verdade”. Se não houver sincronismo nós despencamos: ou para a adoração carnal, guiada unicamente por nossos impulsos emocionais e calafrios na espinha; ou para a falsa moral, guiada unicamente por um legalismo frio da letra morta.

Mas chega de dizer “o que não fazer” e vamos direto ao ponto. “O que fazer?”

Mateus 18:20
“Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.”

Espero que os irmãos não se escandalizem com o que vou colocar aqui, mas quando nos reunimos para comer uma pizza, contar piadas, ouvir música, ver um filme ou jogar “Imagem e Ação”, ali o Senhor está. Ele está no meio de nós, não só em nossas reuniões religiosas. Deus não é um passarinho, atraído por uma fita cassete que imita seu canto a fim de prendê-lo num alçapão.

Ele é o nosso Senhor, e é também a razão de nos reunirmos, mesmo quando a reunião é a mais informal possível. Não há outro motivo para continuarmos vivos, a não ser o louvor da Sua Glória. Para isso fomos gerados, para isso toda a criação existe.

I Corintios 10:31
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.”

Graças a Deus! Podemos nos alegrar, nos edificar mutuamente, comendo, bebendo ou fazendo qualquer outra coisa PARA A GLÓRIA DE DEUS. Até por que era assim que o próprio Jesus fazia nos banquetes e nas reuniões entre amigos, nos templos e também à beira de um poço.

Podemos cantar, mas também podemos ficar em silêncio. Podemos chorar e nos quebrantar, mas também podemos nos divertir e nos alegrar. Não é mais necessário um sacerdote para interceder por nós diante de Deus, pois temos um Sumo Sacerdote que nos abriu o caminho de volta para o Pai! Jesus Cristo!

I Corintios 3:17-18
“Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.”

Para concluir, podemos dizer que o verdadeiro adorador é aquele que contempla a face do Senhor e se torna como Ele. Quanto mais olha para Ele, mais parecido com Ele fica. Suas atitudes e sua forma de pensar são transformadas à imagem de Jesus. Seu amor pelo próximo já não é um dever, mas sim algo que brota de uma vida íntima com Deus.

O verdadeiro adorador é aquele que o Pai procura: um filho, disposto a ser transformado à sua imagem e semelhança.

Um comentário:

  1. Muito bom...a tempos não leio um texto tão belo, rico e simples.
    As pessoas complicam demais seus discursos sobre adoração e o que vemos hoje é o que você disse sobre as asas...
    Fica na Paz!

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